ECONOMIA NA CONSTRUÇÃO: o papel do projeto arquitetônico

Quem está planejando uma construção ou reforma sabe que conciliar os desejos e as finanças nem sempre é fácil. Falar de obra é também falar de dinheiro, esse assunto não pode ser um tabu entre cliente e arquiteto. Afinal, um bom projeto de arquitetura, desenvolvido com estratégia, pode te ajudar a economizar de verdade e, melhor, sem abrir mão da qualidade.

Quando o orçamento está enxuto e a gente precisa otimizar, não é uma questão de reduzir custos só nos acabamentos ou escolher tudo do mais barato, o caminho é  fazer escolhas inteligentes em todas as etapas do projeto para um uso eficiente dos recursos. É saber fazer mais com menos.

O orçamento é um importante norteador do projeto. Por isso, nós pensamos no uso eficiente dos recursos do começo ao fim, nas diferentes fases do projeto, como listamos a seguir:

1. Ao definir a área construída

Os custos de execução são proporcionais ao tamanho da construção. Por isso, é fundamental definir uma área construída compatível com o orçamento. Como ainda não há projeto, utilizamos referências mais genéricas como o CUB/m² e o custo de construções parecidas na mesma região.

2. No programa de necessidades

Por aqui a gente gosta de entender as necessidades por trás de cada espaço, para ajudar o cliente a elencar os ambientes fundamentais e os dispensáveis. Com diálogo e criatividade, dá para ter tudo o que precisa em uma casa mais compacta.

A despensa pode ser resolvida com um armário específico na cozinha. O quarto de hóspedes pode dividir espaço com o escritório. Um único lavabo bem posicionado é capaz de atender a varanda e área social. 

3. Na escolha das técnicas construtivas

Estrutura e vedação representam uma parte importante dos custos da obra. As diferentes técnicas construtivas têm uma variação de valor significativo entre si, portanto, essa definição tem grande impacto nos custos finais. O tijolo ecológico, por exemplo, pode reduzir etapas da obra, como o reboco, e contribuir para um canteiro mais limpo e eficiente, o que representa economia de tempo e recursos.

Casa João de Barro - Beiral Estúdio de Arquitetura / Tijolo ecológico e pergolado de concreto pré-moldado

4. Na definição da cobertura

Os tipos de cobertura também têm preços diversos, não só pelo material da cobertura em si, mas também pelo tipo de estrutura que demandam e por precisarem de uma laje ou forro. A telha termoacústica, por exemplo, é mais cara que outros modelos, mas pode ser a solução de cobertura mais barata no fim das contas, graças ao seu desempenho e acabamento. Além disso, o desenho da cobertura impacta nos gastos com calhas e rufos.

5. Na escolha das esquadrias

A especificação de portas e janelas também é um ponto importante em orçamentos enxutos. Não dá pra abrir mão da qualidade, uma janela menor bem escolhida e posicionada vale mais que uma janela grande de qualidade inferior.

O caminho para economizar é ajustar dimensões, material e tipo de abertura. Escolhendo esquadrias que não demandam personalização, com tamanhos padronizados, acabamentos mais comuns, modelos encontrados prontos no mercado.

6. Na definição dos acabamentos

Na etapa de acabamentos existe um universo de possibilidades, por isso é fácil se perder. Aqui é importante equilibrar qualidade e preço, mas também garantir a estética. Para louças e metais, uma linha mais simples de uma marca confiável une preços menores com qualidade e durabilidade. Para os revestimentos cerâmicos e porcelanatos, formatos que se adequem aos tamanhos dos ambientes e reduzam o desperdício de material. Em alguns casos, o acabamento pode ser o próprio material aparente, como o concreto ou o tijolo à vista.

Um bom projeto de arquitetura é pensado em cada detalhe e gera economia na construção. Se você quer uma casa confortável, bonita, funcional e dentro do orçamento entre em contato com a gente.